No governo de Porfírio Diaz, o quadro do México se resume em duas vertentes: o Estado, que era orientado por regras e instruções assentadas na "ciência"; e o Povo, que era doutrinado pela conservadora Igreja Católica, que continuava tendo o monopólio da educação e da cultura.
A Igreja era extremamente orgulhosa de seu passado, e o alto clero foi o principal responsável pelo conformismo popular para com a dominação aristocrática, que após perder grande parte de seu poder, se tornou corrupta.
Uma das formas de combater essa injustiça foram os corridos, os jornais e as caveiras que Posada produziu para a imprensa satírica, assim como o jornal “El padre Padrilla”, que foi criada para combater a corrupção do clero, ou jornal “El Diablito Rojo”.
FIGURA: Las posadas em província – El Diablito Rojo, 1908.
FONTE: FONDO EDITORIAL de La Plástica Mexicana: 218.
Pode-se perceber claramente a crítica de Posada nesses trabalhos, que tinham como principal objetivo, avisar o povo mais humilde e analfabeto sobre os diversos abusos que o clero cometia aos custos do povo.
FIGURA: Lagran huelga de cocheros.
FONTE: FONDO EDITORIAL de La Plástica Mexicana: 204.
Já nesta gravura, Posada mostra o povo enfurecido jogando pedras em um membro do clero, que foge amedrontado em sua carruagem, juntamente com um texto que diz: “o julgamento divino vem de baixo”. Mais uma vez tentando alertar e incentivar a população mexicana a reagir com tais abusos.
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